2008-01-31

Imagens do Ghost

Problema:
- Como passar uma imagem criada pelo Norton Ghost (versão desconhecida) para um disco IDE de 2.5" (vulgo disco de portátil) tendo apenas uma interface USB/IDE para ligar o disco, e o Ghostpe.exe que só corre em DOS para restaurar a imagem....

O espinhoso desta questão é que o DOS não suporta dispositivos USB, e o Ghost não funciona em mais lado nenhum...

Resolução:
Como em tantas outras situações, o Linux salvou o dia, e permitiu esta habilidade. O método é rebuscado e com certeza haverá outras maneiras de conseguir este objectivo, mas dados os constrangimentos existentes, fiz o seguinte:
- criar uma partição FAT16 com o arranque do DOS, o ghostpe e a imagem a restaurar num disco IDE (PATA) de 3.5" (chamemos-lhe Disco A).
- ligar um outro disco de 3.5" ao mesmo sistema (Disco B).
- arrancar do Disco A e restaurar a imagem com o ghostpe para o Disco B.
- arrancar a partir de um LiveCD (usei o INSERT mas qualquer um serve).
- ligar o disco de 2.5" (através da interface USB) e verificar que o Linux tem acesso a todos os discos.
- usar o dd para copiar o Disco B para o disco de 2.5", via USB
dd if=/dev/hdb1 of=/dev/sda1
e esperar que o processo termine.

Se tudo tiver corrido bem, temos a imagem restaurada como queremos...

2008-01-29

Escrever caracteres Unicode com o vi

O vi é um dos mais populares e flexíveis editores de texto, disponível não só para Unix/Linux mas também para MacOS, Windows e outros sistemas operativos.

Para introduzir caracteres Unicode durante a edição do texto, basta fazer:

Ctrl+V u xxxx

onde xxxx é o código decimal do caractere a introduzir.

Como a combinação Ctrl-V é usada no Windows para "Colar" o conteúdo da área de transferência, temos que usar a combinação Ctrl-Q.

2008-01-21

As comunidades.open-source

Um post do Tux Vermelho sobre as distribuições Linux criadas em Portugal levou-me a pensar nos conceitos ligados ao Open Source e respectivas comunidades de desenvolvimento criadas à volta dos diversos projectos.

Além das distribuições propriamente ditas, já criadas ou ainda em projecto, há imensas de comunidades centradas em diversos programas e projectos, umas mais activas e conhecidas outras mais discretas. Uma volta pela Web permite-nos conhecer projectos que estão ligados às diversas distribuições linux principais:

e também a linguagens de programação populares:
Existem ainda comunidades criadas à volta de certos programas como o OpenOffice ou o LaTeX. Estas comunidades dedicam-se a apoiar os utilizadores através de fóruns ou partilha de experiências em canais IRC e sites Web.

A minha exepriência dentro destas comunidades centra-se essencialmente no esforço desenvolvido pela comunidade de utilizadores de Debian em Português, no sentido de ajudar a traduzir a distribuição Debian nas suas várias vertentes, bem como na criação de documentos de apoio aos utilizadores iniciantes desta distribuição.

As pessoas encontradas e o ambiente em que se desenvolvem tais tarefas levam-me a crer que serão cada vez mais importantes estas comunidades no panorama das Tecnologias de Informação nacionais.

2008-01-20

Mais Gordas

Já há tempo tinha aqui escrito sobre o projecto Letras Gordas. A mais recente actualização deste site, agora em http://letrasgordas.com/, permite não só dar uma vista de olhos por algumas fontes noticiosas e blogs portugueses mas também conteúdo semelhante do Brasil e de Espanha.

Do Brasil podemos rolar os olhos por jornais tais como "O Globo", "Folha de S. Paulo", "Estadão" e outras publicações conhecidas e blogs.

Da Espanha temos o "El Mundo", "El País", "ABC" e alguns blogues interessantes.

Passem por lá que vale a pena :)

2008-01-18

A qualidade

Ontem, conversava com alguém acerca da pouca qualidade dos sistemas informáticos, especialmente do software existente.

Dizia o meu interlocutor que é pena que "o mercado" tenha aceite esta fraca qualidade, especialmente a nível dos sistemas cliente, i.e., dos PC caseiros e semelhantes. O mesmo cenário não é tão comum nos servidores e sistemas de suporte a infraestruturas de rede e outros.

Eu penso que o mercado ficou refém de uma situação de "nivelamento por baixo", ou seja, para que fosse possível divulgar largamente a informática pessoal (especialmente na sua vertente lúdica, que é a que de facto representa os maiores lucros), as empresas envolvidas não quiseram lutar pelo melhor produto mas aceitaram uma lógica de usar o já existente de modo mais ou menos acrítico, "encaixando" os seus defeitos como características e não como verdadeiros defeitos. Deste modo, vulgarizou-se uma relação de acomodação com o software que hoje se pode resumir a: "Bolas, lá voltou a encravar outra vez, paciência".

Ao tolerar esta situação temos cumplicidade no seu prolongamento, pois não nos podemos esquecer que uma empresa existe essencialmente para dar dinheiro a ganhar aos seus accionistas. Ora, ao aceitar os defeitos e falhas de um produto como se fossem normalidades estamos inconscientemente a dizer à empresa que o produz: "Estão no bom caminho!" quando a mensagem que devia passar seria "Atenção! Este produto tem defeito, não presta! Exijo ser bem servido !".

É responsabilidade nossa, como consumidores, exigir aos fornecedores de produtos e serviços um determinado nível de qualidade e ter a coragem para assumir alguns eventuais transtornos e até custos de mudança, pois só assim poderemos progredir. No final, sairemos todos a ganhar.

O cenário na gama de servidores e outros equipamentos é diferente porque desde há muito que os consumidores desses produtos (na sua maioria empresas)tem como norma fazer valer os seus direitos de consumidor. Esta pressão dos consumidores sobre os fornecedores levou a que existam hoje equipamentos capazes de trabalhar meses a fio com poucos ou nenhuns problemas.

2008-01-16

Diferenças e semelhanças entre su e sudo

No Linux existe o conceito de super-utilizador que normalmente é o root, que tem permissões absolutas sobre todos os ficheiros do sistema, podendo aceder e modificar qualquer deles à descrição.

Com este "poder" vem também a responsabilidade de saber o que se está a fazer, pois executar um comando fora do sítio ou com erros de digitação pode ser fatal (para o sistema, claro).

Mandam então as boas regras de comportamento que se executem as tarefas do dia-a-dia como um utilizador "normal" ou "não-privilegiado", para que se minimize os efeitos de erros e operações mais mal sucedidas. No entanto, há por vezes a necessidade de executar um comando ou editar um ficheiro como root, especialmente tratando-se de tarefas de administração do sistema ou configurações de programas (e.g., X, servidores de mail).

Para este propósito existe o comando 'sudo'. Este comando permite a utilizador regular executar um programa como root. Os utilzadores que estão autorizados a correr o sudo estão designados no ficheiro "/etc/sudoers" onde também se encontram os programas que esses utilizadores podem correr bem como algumas opções de auditoria e registo de comandos executados.

Por exemplo, para editar o ficheiro /etc/X11/xorg.conf (configuração do X11), basta fazer :

sudo vi /etc/X11/xorg.conf

e assim podemos editar este ficheiro como se fôssemos root.

Um outro comando, muitas vezes confundido com 'sudo' é o 'su'. Ao contrário de algumas opiniões, o su não serve apenas para executar comandos como root ou para passar a ser root. De facto, este comando serve para abrir uma consola (ou shell) como outro utilizador. o nome 'su' vem de 'substitute user' e não de 'super user'. É um comando muitas vezes usado pelo root para tomar a identidade de um determinado utilizador do sistema. Se for executado sem especificar um utilizador, assume que queremos tomar a identidade de root.

Por exemplo, supondo que o root da máquina queria assumir a identidade do utilizador "postgres", bastava fazer:

su postgres

na consola.

No fundo, sudo apenas nos permite executar um comando de cada vez, enquanto que su nos fornece um completo ambiente de emulação de outro utilizador.
Ambos os comandos estão disponíveis nas distribuições Linux mais comuns.

Como de costume, mais informações podem ser obtidas através da leitura dos respectivos manuais:

man sudo

man su

Até breve !

Debianização

Saudações a todos,

Há já algum tempo que nada havia de novo neste blogue, e isto incomoda-me. Um blogue quere-se dinâmico, vivo e este estava já a cair no desânimo e a definhar lentamente. Fazer um blogue tão monotemático como este se estava a tornar estava a deixar-me "nas lonas" em termos de inspiração de escrita...

Para contornar esta situação, resolvi mudar de rumo no que respeita à linha editorial do blogue, sem, no entanto, perder a vertente geek e sem deixar de estar ligado aos computadores...

A partir de hoje irão aparecer mais artigos sobre Linux (especialmente sobre Debian) e irei abordar temas que até agora não têm aparecido...

Na mesma linha mudei a minha assinatura para o nick que uso mais frequentemente e há mais tempo: m42.

Espero que as mudanças sejam do agrado de todos, se não forem, paciência: aguentem ou vejam outros blogues que há por aí muita coisa interessante :)

2008-01-09

O planetgeek faz hoje um ano

Um curtíssimo artigo só para assinalar a efeméride. Passem por www.planetgeek.org. Ah, e também para dizer que ainda estou vivo, embora pouco produtivo em termos de escrita....


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